October 09th. 2008 - I'm back to Wonderland like it was yesterday

October 9th ♥ 2008

♠ Ônibus
Saímos de Campinas às 8h00min com ônibus da Brasal Turismo e sob o comando da nossa querida Brô. Eu e Tárika ajudamos a coordenar as pessoas e seguimos viagem felizes. Infelizmente, as pessoas não estavam suficientemente animadas para realizar as atividades previamente programadas, então colocamos o Greatest Hits para tocar e apenas eu e Tárika ficamos cantando e falando das músicas.
Nos perdemos no caminho para a casa de shows Via Funchal, onde seria realizado o tão esperado espetáculo. Por sorte, logo nos encontramos (graças a Rosângela, mãe da Letícia) e chegamos ao local.

♠ Fila
A fila já dobrava duas esquinas quando chegamos. Encontrei a Tái, amiga da Anninha, que veio do Rio de Janeiro com mais duas meninas para ver o show, e continuei andando pela fila quando encontrei a Bia, de Jaguariúna. Falei oi e comecei a conversar, mas logo fui puxada pela Tárika com o intuito de assinar a camiseta que entregaríamos aos meninos. Deixamos nosso “kit sobrevivência” lá e fomos recolher assinaturas de fãs não-histéricas. Logo na primeira, a garota que assinava deixou a camiseta cair em uma poça d’água, o que apagou dois ou três recados (dentre eles, um pedacinho do meu, exatamente aquele que eu pedia que trouxessem o Bourne da próxima vez). Continuamos, dessa forma, nossa jornada.
Havia vários produtos sendo vendidos. Logo de início, acabamos (as duas) comprando uma camiseta (R$15,00) e uma munhequeira (R$5,00). Fomos, então, até a Bia para sentar um pouco, comer e beber alguma coisa. As meninas com quem estávamos (Flávia e Aline) estavam lá também, então acabamos ficando com elas. Sentamos e ficamos conversando até fazer amizade com algumas garotas de Uberlândia/MG. Logo depois, fomos chamadas a um lugar mais à frente da fila (quase na mesma altura, ainda depois da segunda esquina dobrada) e conhecemos duas meninas de MG e quatro de SP/capital. Nos enturmamos, trocamos MSN e outros endereços cibernéticos e conversamos sobre expectativas e afins. Muitas meninas gritavam sempre que qualquer van passava. Eu e Aline nos decidimos por gritar para caminhões de lixo ou de gás, só pela diversão mesmo.
O tempo não passava, até decidirmos (eu, uma menina de MG e três das quatro de SP) ir ao banheiro de uma lanchonete. Nessa hora, a fila já tinha dobrado a terceira esquina e chegava quase à quarta. Na lanchonete, ainda, compramos a ficha do banheiro (R$1,00) e esperamos 35 minutos na fila, enquanto uma das meninas de SP ia à banca de jornais ver se conseguia um rádio para ouvirmos a Rádio Mix FM. Ela esperou um tempo, tentando ouvir o programa lá mesmo, mas ainda não tinha começado. Ela voltou quando chegamos à ponta da fila (e estávamos tirando fotos) e logo estávamos voltando. No caminho para nosso lugar, encontramos um grupo ouvindo a rádio e paramos para ouvir junto com eles. Terminado, agradecemos e voltamos.
Chegando ao nosso lugar, encontramos a Gabe e a Carol, de Capivari, que foram nos ver e acabaram ficando por lá. Por fim, todas nos enturmamos. Renata pediu que eu fosse com ela até a padaria para comer alguma coisa que não fosse salgadinho (apoiado!) e fomos conversando sobre como conhecemos o McFly e quais eram nossas expectativas. Um tempo depois de voltarmos, a fila começou a andar e deixou de ser uma fila, passando a ser um bolo de pessoas que andava por osmose e não conseguia se mexer (experiência própria). Meu ingresso acabou soltando na parte do picote devido ao suor (resolvi carregá-lo na mão do mesmo braço que a Renata segurava com ela para que eu não me perdesse) e eu entrei em desespero porque pensei que ele tinha rasgado. Enfiei-o no bolso (já tínhamos dobrado a primeira esquina e estávamos na metade da outra quadra) e passei a ser mais espremida ainda, principalmente nos momentos de garagem ou poste ou árvore. Cheguei a quase cair (na verdade, uma corrente acabou caindo, mas ninguém se machucou) e, assim que viramos a última esquina que faltava, desacreditei de onde estava. Não era real, não podia ser real, não tinha como ser real. Mas era. E, assim que eu li o letreiro “Via Funchal”, minhas emoções todas se afloraram e eu e Renata nos abraçamos e gritamos. Subimos a rampa e nos encaminhamos para a revista, mas eu pude entrar direto por não ter bolsa.

♠ Via Funchal
Esperei a Renata e corremos escada acima em direção à pista. Nessa hora, desacreditei novamente: sabia onde estava, mas tinha a certeza de que só ia ter vontade de chorar quando o McFly entrasse.
Quando o Gabriel Simas entrou com um outro wannabe cara, fiquei esperando que eles fossem logo embora. E foram, mas trouxeram a BreakOut. E, apesar de ser bem ruim (eu não gosto), fiquei mais feliz por eles terem ferrado tocado Elvis e Beatles. Finalmente, quando a BreakOut foi embora, senti um arrepio e fiquei pensando “São eles, são eles, são eles”. Entraram os assistentes de som e foram checar tudo e trocar as guitarras e o baixo, arrumar os microfones, trocar as caixas de som e tirar a bateria da BreakOut e deixar só a do McFly, com uma visão incrível para mim. Na hora, era tudo o que eu queria: ver o Harry.
Esperamos por uma eternidade que os caras terminassem a checagem do som, mas nossos gritos não facilitavam o trabalho. Por isso, acabou demorando um tanto mais do que deveria ter demorado. Mas acabou, e o McFly foi anunciado pelo maldito Simas e seu amigo wannabe. Nessa hora, eu pensei que fosse morrer de chorar assim que visse os meninos. No entanto, eles entraram com todo mundo gritando e eu fiquei estática, imóvel, sem entender o que estava acontecendo: eles estavam na minha frente, mais perto do que nunca.

♠ Finalmente... o show!
◘ One For The Radio
Tom entrou gritando “Here’s another song for the radio!” e, quando as guitarras começaram, quando o baixo começou e, principalmente, quando a bateria começou, eu não sabia o que sentir: sentia euforia, felicidade e, ainda, algo inexplicável que não me deixava entender o que acontecia naquele momento. Finalmente, quando começou o “Life isn’t fair for the people who care”, eu virei, olhei, pulei e gritei: “Eu tô vendo eles!”. Sozinha. Feliz. Mais do que nunca. Mas ainda não eufórica. Como não estive por toda a noite.
Ponto alto: os gritos de “We don’t care” e o segundo grito de “Here’s another song for the radio”.

◘ Everybody Knows
Os garotos, desde o início, se mostravam muito felizes em ver aquele público enorme gritando suas músicas, muitas vezes sem pular devido ao enorme cansaço resultante, principalmente, da espera na fila. Mesmo assim, todos gritaram a música inteira, bem como todas as outras.
Ponto alto: as palmas somadas à bateria antes do aumento de tom do refrão, o próprio aumento de tom e o grito de “Danny!” do Tom.

◘ Obviously
Quando a introdução começou a tocar, eu entrei em choque de novo. Onde eu estava, afinal? No céu? Então, foi a segunda vez que a ficha tentou cair e eu gritei um “Caralho, eu tô aqui de verdade!”.
Ponto alto: a bateria em todos os momentos (minha preferida nessa música), Dougie cantando o “Good enough for her” dele, as paradinhas na bateria do “I’ll never will be good enough for her” e no “’cause she’ll never be mine” e tudo mais.

◘ Star Girl
A partir daqui, só lembro que fiquei estática devido às mil dores no corpo e à impossibilidade de me mexer. Migrei algumas vezes para trás, também – dois ou três passos – para melhorar a visão.
Ponto alto: o “Making a little love in São Paulo” que o Danny soltou e o instrumental que eles enfiaram no fim da música, com guitarras e baterias mais fortes.

◘ Point Of View
Nessa hora, eu pensei que fosse morrer, porque essa música sempre me mata de qualquer forma. No entanto, eu estava tão extasiada que nem isso eu consegui. Só lembro de ter gritado a música inteira.
Ponto alto: Tom anunciando que eles tocariam “PoV”, a voz do Danny (já que todo mundo gritou o refrão e nem deu pra ouvir direito a voz do Tom) e o Harry tocando bateria nessa música.

◘ That Girl
Morri quando eles anunciaram a música.
Ponto alto: a parte instrumental do meio (depois do “She’s too good to be true”), a paradinha no meio da parte anteriormente citada para o solo só da guitarra e os pulos do Dougie.

◘ Transylvania
Música eternamente preferida. Meu êxtase não me deixou fazer nada além de prestar atenção ao Dougie na música toda e gritá-la também.
Ponto alto: a felicidade do Dougie em ver a obra prima dele sendo tão amada, a voz dele perfeitamente afinada e as guitarras.

◘ Lies
Ainda não tenho uma grande história com essa música, mas tive ataques com ela.
Ponto alto: a introdução, os pulos dos três no instrumental final, os “huh” do Tom, o “Don’t forget your seat belt” do Danny, a coordenação nos backs e tudo mais.

◘ All About You
Música mais cantada por todo mundo. Fiquei apontando para os meninos, só querendo que eles soubessem que, sim: naquele momento, era tudo sobre eles.
Ponto alto: todo mundo cantando, a alegria deles e o sorriso que o Danny deu em “So I told you with a smile”.

◘ Falling In Love
Definitivamente, a música que eu tinha certeza de que ia surtar. Mas não surtei, por algum motivo indefinido (eu acredito em aliens e abdução).
Ponto alto: o grito do Danny (me arrepiei nessa hora) e todo mundo cantando o “Sick of waiting, I can’t take it, gotta tell ya”.

◘ Do Ya
Tom anunciou a música dizendo que era a sua preferida. Não que seja a minha, mas eu adoro a música e fiquei fazendo gestos com a mão durante a letra, como apontar Mr. Jones e eu e afins.
Ponto alto: a subida de tom que o Danny dá quase no fim da música e o “Oh oh do you really love me?”

◘ Room On The Third Floor
Quando eles anunciaram a música e começaram a tocar, eu quase tive um pequeno surto. Eu adoro a música e eu me surpreendi com ela no show, mesmo sabendo previamente que a mesma seria tocada. Antes da guitarra e dos “Na na na na”, Danny chegou bem na pontinha do palco e fez gestos para que a gente gritasse e parasse bem rápido – e eu adorei isso, porque ele ficou muito feliz.
Ponto alto: os gritos e o solo antes do “Na na na na” e os “Na na na na” mais rápidos depois dos primeiros em velocidade normal, incluindo – principalmente – a bateria e o baixo.

Depois dessa música, os meninos saíram do palco e tudo ficou escuro. Nós sabíamos que eles voltariam – eles sempre voltam para 5 Colours In Her Hair – e ficamos gritando “McFly!”. Nessa hora, migrei para a lateral, quase na grade, mas a visão era bem ruim. Me arrependi por alguns instantes. Os meninos voltaram e eu mal podia enxergá-los.

◘ 5 Colours In Her Hair
Eles voltaram com as camisas do Brasil. Tom beijou o brasão da Seleção Brasileira (mesmo não gostando de futebol) e mostrou, todo feliz, NA MINHA FRENTE, a parte de trás da camiseta, escrita “Fletcher”. Os meninos tomaram postos e começaram o solo da música – que, ao vivo, é a melhor coisa do mundo, mesmo quando você já enjoou da música pela eternidade. Dougie chegou perto do canto e eu pude vê-lo perfeitamente (coisa mais linda da Cams!!!) e Danny também. Durante todo o show, implorei que ele apontasse o famoso dedo para mim e ele riu umas duas vezes disso. Quando cheguei à lateral e lá estava ele, pedi novamente, insistindo, e ELE APONTOU. Nessa hora, tive ganas de gritar – mas não consegui porque a voz não saiu.
Ponto alto: o solo ao vivo, os meninos pulando e terminando a música e, conseqüentemente, o melhor show da minha vida.

Os meninos andaram por todo o palco, após o fim da música. Dougie chegou do meu lado novamente e Harry foi até lá também, levantando o Dougie, que ria porque ele é pesado (deu para perceber pela cara do Judd). Nessa hora, eu fiquei estática, olhando: “Caralho, é o Harry. O Harry segurando o Dougie. Na minha frente. CARALHO, EU TÔ VENDO O HARRY!” Na hora, eu só senti essa histeria momentânea; agora, escrevendo isso, tô chorando. Na verdade, acho que ficha acabou de cair: eu vi meus meninos. Eu vi os meus meninos, que são meus até que se prove o contrário. Meu amor por eles é tão grande que eu sinto como se nós fôssemos amigos, como se eu tivesse o direito de tirar sarro deles, de chamá-los de idiotas por causa das piadinhas tontas, de rir deles à vontade e enfim. É um amor grande, eterno e enorme que a minha emoção me impede de descrever.
Thank you, guys, for making my biggest dream real.



“If you don’t play there’s no music.
If there’s no music they don’t dance.
If they don’t dance they don’t kiss.
And if they don’t kiss, they don’t fall in love…”


(Marty McFly, 1955)




Outros pontos altos:
- quando Danny começou a tentar dançar funk e nós todos começamos a cantar Bonde do Tigrão;
- quando Danny disse “obrigado” e “eu te amo, São Paulo!”;
- quando Danny foi sacanear o Tom enquanto ele cantava, chegando por trás e lambendo-lhe a orelha;
- quando Danny tentou mandar beijo (ele manda beijos de um jeito bem estranho);
- quando Dougie chegou perto do Harry para tocar (EU ADORO ISSO!);
- quando Dougie foi apresentar a banda: “Danny Jones, ladies and gentlemen!” *palmas* “Harry Judd, ladies and gentlemen!” *palmas* “Jamie Norton in the keybacks!” *palmas* “And Tom”. *risadas e gritos*;
- Harry falando.


Pontos baixos:
corte de Please Please com “por favor”.





Ao som de: Lies – McFly.

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