Vida Obscura

Vida Obscura
Por Cruz e Sousa



Ninguém sentiu o teu espasmo obscuro,
Ó ser humilde entre os humildes seres.
Embriagado, tonto dos prazeres,
O mundo pra ti foi negro e duro.


Atravessaste no silêncio escuro
A vida presa a trágicos deveres
E chegaste ao saber de altos saberes
Tornando-te mais simples e mais puro.


Ninguém te viu o sentimento inquieto,
Magoado, oculto e aterrador, secreto
Que o coração te apunhalou no mundo.


Mas eu, que sempre te segui os passos,
Sei que cruz infernal te prendeu os braços
E o teu suspiro como foi profundo.





*suspira*

0 comentários: