Inspiração - por Cams



O que me inspira? A brisa gelada, a escuridão;
O apetitoso som do silêncio, o inebriante cheiro da noite,
Em conjunto com a sinuosidade microscópica do papel,
Pronta para ser preenchida com tinta e sentimentos.

O sono alheio, a minha boemia.
Deles retiro a energia, necessária para minha tarefa.
A colcha de retalhos, os pés no chão, olhares à janela;
A minha paz é a paz deles, mas eu me alimento de palavras.

Minhas palavras têm maior suntuosidade que as alheias;
Faço da elegância prato cheio à minha arte.
Eu, eu mesma, sou sutil; sou eu, pessoa qualquer,
Pessoa qualquer que faz artes artísticas, chamativas, inesperadas.

E é na calada da noite que monto meus quebra-cabeças;
A adolescência infantil, os sonhos mil,
As magníficas palavras de esperança,
E ainda o escuro silêncio, tenebroso e pacífico.

O quarto escuro, o violão silenciado,
A lanterna acesa, bem como as idéias;
Faz-se juz à beleza da noite:
Oh, musa, mostre-me o caminho a ser trilhado!

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